Thursday, January 27, 2005

ARBEIT ...



Medo. frio. Desumano. Incompreensivel. Inóspito. Desespero. Separação. Lágrimas. Mães. Velhos. Crianças. Ideologia. Monstros. Fome. Crueldade. Medo. Frio. Incompreensivel. Medo. Grito.Dor. Separação. Medo. Fome. Medo. Dor.Medo. Medo. Medo.
Morte.

Lembrança.


Auschwitz Posted by Hello

Monday, January 24, 2005

Não me olhes mais assim...




porque já chegou para me apaixonar...


Na expectativa de ter um outro cão.





Saturday, January 15, 2005


maternidade Posted by Hello


..e sempre que te deito, corpinho pequenino, acredito que te consigo abraçar durante toda a noite, aninhar-te nos cobertores, respirar-te o odor de bebé, sentir o o teu sopro e encher-te os sonhos de anjos protectores...


Thursday, January 13, 2005

MORE

Chamo-lhe “More” há já muitos anos.
A minha amiga “more” foi uma amiga tardia. Estávamos no final da universidade, ambas com a estúpida cadeira de Direito Económico em atraso, quando começamos a “sorrir” uma para a outra. Foi por pouco tempo que convivemos na universidade e pouco tempo aquele que podemos partilhar na cidade de Lisboa, minha cidade, cidade de acolhimento dela. Depois do final do curso a “More” partiu para a sua terra natal e desde então apenas estivemos juntas numas memoráveis férias algarvias. O tempo era feito de trocas de desabafos nocturnos, de gargalhadas contagiosas, de piadas quase sem graça, de musicas que se cantarolavam com a ingenuidade da adolescência. Embora na data não tivesse essa perspectiva, creio que éramos de facto umas miúdas.
Hoje, a minha relação com a “More” é uma quase relação de amiga por correspondência. Daquelas que tínhamos quando éramos crianças e nos correspondíamos com gente de locais tão diferentes como a Grã Bretanha, Islândia ou Áustria (estou a referir-me em particular às pen-friends que me lembro).

Mas voltando à minha relação com a “More”, a verdade é que esta, não obstante a distância, tem sido uma amiga presente. Acompanhou-me no inicio da relação com o meu amor, acompanhou e esteve presente na nossa festa de “união”, acompanhou os momentos menos bons da saúde daqueles que amo, acompanhou a minha gravidez, e acompanha agora o crescimento do meu filho, note-se, o meu crescimento também.

A “More” é uma amiga por correspondência, de quem guardo e recordo a gargalhada contagiosa e rasgada, é a amiga mimada e doce, é a amiga com o olhar de mel terno, é a amiga com o mais subtil e oportuno dos sentidos de humor. Mas é também a amiga em que me encontro...na poesia, na leitura, no cinema, nos trapinhos que gostamos de comprar, nos objectos para a casa, nas futilidades e nos recheios de alma que ambas sentimos e/ou somos.
A “More”, será provavelmente a amiga que melhor entendeu a minha maternidade. Porque a “more”, é intrinsecamente “mãe”, porque as suas mãos foram talhadas para dar ternura a gente pequenina, porque a sua forma de ser e viver está inquestionavelmente balizada pela necessidade de dar e receber afectos.
È neste mundo de afectos que a “more” trabalha. Sofrendo muitas vezes o vazio da ternura, a “more” vai despejando a sua ternura em quem mais dela precisa. A “More” chega por vezes a casa exausta de dar, sedenta de receber. Aí a “more” põe um disquinho bom, aconchega-se na voz de Chico buarque e, quando em vez, deixa escapar uma lágrima. Porque tem saudade de tempos e odores passados, porque tem desesperanças de esperanças que teimam em se atrasar.
A “more” é uma menina que adoro, uma menina que poderia ter sido minha irmã. A irmã que a ambas fez falta. Para a partilha, para o endurecimento das dores da alma, para o desabafo a horas tardias, para o conselho que às vezes temos de buscar em nós.

A “more” é um quadro de Klimt, pela de cor e aconchego, é poema de Alexandre O’neill, cheio de razão, gritos e desventuras, é um filme de Burton, cheio de fantasias e meninas a vaguear em bosques que vão dar direitinhos ao mundo em que todos os meninos são felizes.

Obrigada “More”.


Monday, January 10, 2005

Big Fish


bigfish Posted by Hello



Um filme que nos faz esquecer o mundo lá fora, um filme que nos faz sonhar e querer que o sonho não termine nunca, um filme que nos enche de ternura, um filme que nos inibria com cor e harmonia, um filme que nos faz acreditar nos contos, um filme que nos remete para o tempo das histórias de embalar, um filme que nos faz sobretudo acreditar na ingenuidade e na beleza.

Ontem esqueci o tempo.