Thursday, July 15, 2004

Coisas...

Não consigo perceber o êxito dos Toranja;

Que tipo de pessoas compra a baixela Titanic e o creme Nara?

Já gostei mais de musica brasileira. Agora apetece-me ler apenas as letras.

Porque é que à hora do almoço e no decorrer da tarde apenas passam anúncios a detergentes, shampoos, iogurtes e carne pingo doce?

Quando é que o Xau, escolha inteligente, faz um anuncio inteligente?

Porque é que Portugal tem um dos parques automóveis mais caros da Europa?

Fiquei apaixonada por Berlim.

Há uma menina da creche do meu filho que todos os dias me quer oferecer flores.

Se Deus existe porque é que há meninos a morrer de fome?

Às vezes apetece-me ouvir Prodigy.

Gosto mais de direito na teoria do que de advocacia na prática.

Porque é que as mulheres portuguesas estão sempre cheias de alergias e se afastam do ar condicionado?

As bandeiras de Portugal colocadas nas janelas estão a ficar com a cor comida pelo sol.

O Pedro Sanatana Lopes é o primeiro Primeiro Ministro que conheço que tem uma pulseira da Nossa Senhora do Bonfim.

Gosto tanto da minha casa...

Detesto quem não paga as suas contas dentro do prazo. Também detesto que as pessoas se atrasem.

Não gosto que me dêem palpites.

Detesto ir ao Supermercado, mas quando já lá estou adoro andar de corredor em corredor.

Não tenho ideologias, tenho uma promiscuidade delas.

O amor dos meus pais comove-me.

Há tanta coisa que queria, mas que por desleixo ou esquecimento, nunca chego a comprar.

Espero que meu filho goste de Legos. È que eu gosto.

Gosto de roseiras. Nobres, altivas, cheias de espinhos e muito vermelhas.

Porque é que os advogados andam sempre de fatinho millennium BCP e as advogadas de tailleur relações publicas El corte Inglês?

Gosto de negligé.

Quem me dera acordar e ter o quadro a Biblioteca de Vieira da Silva em frente à minha cama.

Gosto muito da vida que tenho.

5 Comments:

Blogger Hugo Santos - Portfólio said...

Toranja... eu tb não... é copia de Jorge Palma.

Quanto a Deus... ele existe, e a prova é tu teres consciência que no mundo há injustiça. O pensamento é Deus fragmentado em cada um de nós. Acredito mesmo nisto. Se um pensamento sofre, a junção de todos esses pensamentos também sofre, como um dedo faz sofrer o corpo ao qual pertence. Não digas que Deus não existe porque alguém morreu, mas diz que ele existre porque essa pessoa nasceu mesmo que sem condições de vida, e um dia morrerá porque Deus existe.
"Deus esceve direito por linhas tortas". Aqui está uma frase que ainda custa a perceber. Sei que muitas vezes serve de desculpa, mas a verdade nunca é uma desculpa pois não é circunstancial.
Mas ainda bem que te interrogas por veres alguém sofrer. É sinal que o sofrimento não é alheio, é sinal que Deus sofre em ti pelo outro que és tu Nele.

Prodigy! São bons! Mas imaginas-te a ouvir Pantera? Eu ouço várias vezes... e RAge Agains the Machine!

Também gosto de Legos e estou certo que o Francisco também vai gostar.


Por agora é tudo, estou no trabalho...

8:09 AM  
Anonymous Anonymous said...

amiga!
linda manta de retalhos!

Gostei de te ver assim num dissertar divertido sobre os nossos tudos e os nossos nadas do dia a dia.

só um comment da advogada mais hippie que conheces ( a ver pelo comentário aos colegas lisboetas; nem te digo como andei vestida hoje ; ) ):

sabes o que se costuma dizer de que a realidade supera todos os dias a ficção?
então... a prática para mim tem sido assim uma agradável surpresa em comparação com tantas teorias que sempre me pareceram tão sem sentido.

tem sido diferente contigo?

( mas quem é este hugo que está sempre práqui a comentar a minha amiga? bom, bom ; )

beijo grande, Manel

11:37 AM  
Blogger Hugo Santos - Portfólio said...

Bom dia.

Prefiro que seja a nossa amiga a respender à pergunta que aqui colocas. Quem é esse tal de Hugo?
Entretanto, se te apetecer, dá uma saltada ao blog: rosmaninhoealecrim.blogspot.com

2:27 AM  
Blogger Polly Jean said...

Vou-te dizer quem é o Hugo utlizando um texto do próprio. O Hugo é meu amigo.

Com tua licença Hugo:

"My name is Boss, Hugo Boss.
O meu nome é Frango, Albino Repolho de Frango. Venho de Penaguião para Santa Eulália e parei numa tasca de viagem para escrever umas linhas.
Tenho um par de formigas encantadoras que trabalham todo o dia só para me entreterem com a sua azafama, a sua maravilhosa sincronia laboral, labuta, labuta, lindos os bichinhos pequeninos, pretinhos e magricelas.
Tenho um par de rosas plantadas num vaso de marfim, vermelhinhas, ao rubro, com espinhos macios e petalas de se comer. Como-lhes as pétalas de 3 em 3 semanas e depois arroto perfumes.
Tenho um par de tornozelos com nome africano, o fundungo e o bilongo, ambos bilingues, ambos saudáveis, ambos crentes na indústria do calçado, aconchegados por botas Boss, Hugo Boss, pois o inverno pode ser traçoeiro.
Tenho um par de costoletas no forno e outro par de costoletas a lixar a cabeça de um tal de Adão. Alguém lhe disse que a maçã era um animal carnívoro ou algodo género e agora passa o dia todo a cuspir uma salgalhada de equações matemáticas.
Tenho um par de lontras gigantes, gordinhas e fofinhas, meigas o bastante, criaturas de pele de pêssego, amantes do mar e dos pinguins, esculpidas num monte de banha, lindas, lindas, manteiga concentrada em corpos desajeitados fora de água, lisos dentro dela.
Tenho um par de tartarugas amestradas que andam de bibicleta e comem pastilhas elásticas. Quando fazem cócó podemos ver uns pequenos balõezinhos a sair por trás delas, estoirando pouco tempo depois em pequenas nuvens amarelinhas.
Tenho um par de unhas importadas da índia, coisa rara, aparadas cuidadosamente por um hipnotisador de cobras reformado, homem de barba, pele e mente rijas.
Tenho um par de navios naufragados ao longo do cabo bujador, senhores das profundesas, controlam o tráfego de sereias das correntes frias, e servem de morada aos peixes desamparados de outras águas.
Tenho um par de neurónios que discutem entre si a todo o tempo e me fazem perceber que tudo o que possuo é uma ilusão, como um senhor uma vez disse, qualquer coisas a ver com cavernas... morcegos.. (seria?).
Tenho um par de mãos malandras. Escrevem e escrevem mas nunca dizem nada. Será por não terem boca?
Tenho um par de amigos que se estende a mais dedos quando os conto e dos quais me recordo porque deles tenho coisas, mesmo que vagas memórias como as minhas formigas, tornozelos, rosas e outras imagens arco-íris.
Plín!"

Para mim tem um defeito, considera o Louçã um bom economista...PLín:)))

Ahh e é dos pucos leitores assiduos do meu garden.

2:51 AM  
Blogger Hugo Santos - Portfólio said...

É pena que não tenhas messenger... Assim este olá de bom dia estendia-se a mais palavras. Bom dia!

2:58 AM  

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