óscares

O facto de ter uma criança pequena, sogros e pais longe de casa, e muito receio, senão mesmo recusa total em deixar o meu “Digui” entregue aos cuidados de uma ama, impedem-me de ir ao cinema.
Dos filmes do ultimo ano, terei visto poucos, e dos nomeados apenas “Closer” que estava nomeado para a categoria de melhor actor secundário...”I’m a fucking caveman”, o médico que me encantou pela sua pureza máscula abrutalhada.
Não obstante, gostaria de ter podido ficar acordada a ver a noite dos óscares. Gosto do glamour, das roupas Prada e Armani, dos despidos Versace, das jóias alugadas, das poses ridículas, dos gritos histéricos. Gosto de apreciar as mamas postiças que as outras ostentam, o botox e as borbulhas que sobressaiam não obstante as camadas de base chanel. Gosto de ver se são assim tão bonitas, e adoro quando reparo que não são assim tanto.
Dos filmes em concurso, não terei muito a dizer, pela simples razão de os não ter visto.
Mas gosto de opinar.
Detesto o Dicaprio, com cara de desenho animado japonês, o que, só por si, creio retira qualquer credibilidade à personagem que interpreta. De Scorsese, sem retirar mérito inquestionável, a verdade é que apenas a Taxi Driver, a ultima Tentação de cristo ( memorável sequência de abertura) e a Idade da Inocência me ficaram na lembrança , sendo este ultimo um dos filmes que mais gostei de ver até hoje. Gangas of ny, sem retirar mérito, achei por vezes enfadonho. e tinha lá o dicaprio....
Já o clint Eastwood, é para mim um dos grandes homens da realização, um dos donos dos melhores filmes, argumentos, interpretações de que me lembro. Mais, costuma jogar com os actores certos, com os cenários ideais, com o toque q.b da sensibilidade. Mystic River é divinal e assumo que gostei das pontes de madison county. A perfect world e unforgiven, também não são de menosprezar.

E mesmo sem ter bases para comentar, nada sobre os filmes, actores e afins, lá fui eu falando sobre o assunto, achando-me conhecedora da questão e até torcendo pela vitória de alguns.
Hoje curiosa, liguei a rádio e coloquei-me ao corrente das estatuetas atribuídas.
Fiquei com um sorrisinho. De maldade, creio eu.
Pela não vitória do Di caprio...

Mas também pelo discurso bonito de Jamie Foxx.
E agora tenho é de ir a uma matiné e ver o "à Procura da Terra do Nunca", de Marc Forster, que creio ter quase tudo para ser um dos meus favoritos.