Eleições

Quando fazemos algo na vida, tomamos uma atitude, decidimos sobre algum assunto, normalmente, após ponderar, decidimos com a plena convicção que o estamos a fazer da melhor forma possível e que essa decisão é acertada. Seja do ponto de vista emocional ou racional.
Contudo, em termos de política nacional, e sublinhando a importância que o acto de votar deverá (deveria) ter para todos nós, a verdade, na parte que me toca, é que neste momento não tenho qualquer tipo de convicção, racional ou emocional, para votar em quem quer que seja.
Porra! Não deveria ser assim. Por razões que me escuso de enumerar, o acto de votar, demonstração da democracia, aquisição que a outros custou e que a mim me foi dada logo após o nascimento, acaba por ser um acto tão frustrante quanto negligente e neglicenciado.
Por que não sei em quem votar. Porque deixei de acreditar. Porque me enoja, esta á a palavra única, enoja, a postura, a demagogia, as caras, as lágrimas, as emoções, as palavras, as promessas, as acusações, as bandeiras, as mãos, as arrogâncias de todos, TODOS, os candidatos.

Paulo, a imagem que nos remete para tempos de ditadura, que não conheci felizmente, mas cuja pose não poderia ser outra. Mais, a beatice barata, bacoca, piegas, oportunista...pobres de espirito...

Pedro, outro apóstolo...os bebés, as noitadas de voz rouca, a alusão repetida e enfadonha a PPD PSD, as vitimizações, a falta de credibilidade, o papão Presidente da Republica...a incapacidade de me fazer acreditar na apelidada social democracia.

José, aquele que se transcendeu na mutação. Ontem um. Humilde, low profile, sem maquilhagem. Hoje, a imagem de tudo o que um aparelho de marketing pode fazer. A plena arrogância, as palavras entoadas no mesmo timbre, o punho fechado..PS PS....e o freeport, é verdade, José???
não consigo acreditar em alguém que também já esteve no poder e nunca, mas mesmo nunca deu provas de nada. Mais, não esqueço Guterres. Não. Isso não posso esquecer.
Onde estás António, para onde fugiste. Volta QUE NÂO estás perdoado.


Francisco. Lindo nome, como o meu filho. Todos muito fashion (maravilhosa a Drago no alto do seu 1,50m, sempre cheia de alusões literárias). Sempre presentes em eventos, sempre com ar negligé de quem enverga um Timberland very casual enquanto discute a eutanásia e a liberalização do aborto. Cinema português com mais incentivos. Força!!
Mao...o visionário...ah pois é!

Jerónimo...um puro . Parece-me um puro.


E o aproveitamento da morte da velhota que enfiaram no convento porque em criança se alucinou com uma luz, e as acusações em relação a valores e vida privada, e novamente a morte da santa velhota, e o povo coitado...no velório da velha santa-alucinada-presa- calada e o povo que não pensa e o povo que não sabe e o povo que não vê e o povo .......que se lixe o povo desempregado, a taxa de inflação, o PIB e o poder de compra e os critérios de conversão.
Quero o meu popó, os meus assessores (as), os meus amigos perto de mim, viagens em Falcon para resort, despesas de representação...e o povo, e a velha santa que agora se calou de vez e, acredito, finalmente é livre...que se lixem todos!!!

E eu vou votar....mesmo lixada. Por mim e por eles. Mas ainda assim vou votar. Com um ar descontraido.
Como eles.

Para descontrair (agora a sério), por favor leiam a entrevista (no Independente) imperdivel do beato, quiça um dia SANTO, César das Neves. Sem palavras.