Wednesday, September 13, 2006

Apenas descansar. Ou não.
Chamar filhos da puta a todos os que me chateiam, aborrecem, inquietam, desassossegam, consomem.
Encher-me de mimos. Fúteis, descartáveis, frívolos.
Pensar em mim,
Partir ou ficar.
Não duvidar e às vezes poder deixar de existir.
Desligar o telemóvel e tudo o que toca por esta casa.
Desaparecer um pouco e poder gritar. Desalmadamente.
Filhos da puta a todos os maus que povoam este mundo.
Chatos, peganhentos,
Feios, mafiosos, malvados, intriguistas, pedófilos, criminosos, corruptos, perversos.
E os arrogantes? Os mentirosos, os vaidosos, fanfarrões. Com bigodes, gabarolas, pretensiosos, bazófias.
Filhos da puta.
E adormecer um pouco.
Pintar um quadro, regar as plantas ou dar um mergulho no mar. Mas em sossego.
Detesto, por vezes, tudo o que não for a paz, tudo o que não é a vista. Horizonte.
Detesto quem goza com o próximo. O vagabundo que tinha vida para além desta. Podre.
O que nega a esmola. Apelida de mitras. Mitras, a porra! Tu, ó pedante!
Todos com uma vida para além desta.
Detesto os que passam ao lado. De uma melodia.
Execráveis.
Foda-se.Apenas descansar. Ou não.
Apenas Foda-se.
Já me sabe bem.

4 Comments:

Anonymous Anonymous said...

o grito que nos liberta das coisas que nos vão tornando os dias mais cinza e nos sofocam.
o grito urgente. o grito.
compreendo-te.
bjs. Manel

5:26 AM  
Blogger Unknown said...

O (e)terno silêncio interior em que apostamos... pelo menos, uns momentos!

daniel

9:19 AM  
Blogger Teresa Durães said...

(já sei porque nunca mais vim cá...as férias...depois perdi o endereço)

Adorei!! (quantas vezes penso o mesmo lololol)

12:16 PM  
Blogger Jorge said...

Pois, às vezes faz falta dar-mos um murro na mesa!
E mandar-mos tudo cá para fora...

Bem escrito...

4:07 PM  

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