Thursday, July 20, 2006

A vermelho, para que o ouçam

Nó na garganta... que perturba, que mói, que corrói, que sussura
Os silêncios,
o que não se deve dizer, o que se cala, o que apenas se murmura,
O que se vai gritando
O nó na garganta
que lateja a alma,
que ataranta o coração,
Envergonha o sorriso,
Esquece os afagos, atrasa o enamoramento
Entristece a paixão,
O nó na garganta
Que amotina e retarda a vida,
Embaça o olhar
Desaprende o beijo
Omite o devaneio .

Este amplo, pesado, dilatado, densíssimo, só meu, nó na garganta.

5 Comments:

Blogger Unknown said...

gosto!e ouvi bem.

5:16 AM  
Blogger A said...

:)

Nós na garganta... há muito tempo que desisti de ter essa sensação. Explodo na hora, no minuto... sem contenção...

Texto bonito. E obrigada pelo comentário da Ode :)

Beijos

5:53 PM  
Blogger geno said...

nó na garganta tenho eu...
ler isto a ouvir as músicas que ando a ouvir...

verdadeiramente belo.

*

perdoa-me a ausência (nos comentários, porque de quando em vez lá venho dar uma olhadela.) ;)

5:18 PM  
Anonymous Anonymous said...

I like it! Good job. Go on.
»

12:08 PM  
Blogger PenaBranca said...

Viva! Realmente um bom grito silencioso, vibrante e ainda por cima colorido, parece remédio santo para soltar os ais da alma. Gostei. Abraço desconhecido de Macaé (!).

2:43 PM  

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