Contar-te-ei detalhadamente
o espaço
onde cresci
dormi
dentro de ti
e aquele outro espaço _laço
atado ao coração
Contar-te-ei minuciosamente
o espaço
o aço
do sangue
da saliva e dos ossos
Daquilo que os teus olhos viam
viajavam dentro e se encontravam
desencontravam com os meus
Os teus
Contar-te-ei exactamente
o espaço
encontrando entre as tuas
duas ancas
o embalo do berço
encostada mansamente a escutar o ar
passando em teus cabelos
Contar-te-ei simplesmente
o espaço
sem desejar recordar
esquecê-lo
por onde lentamente desci
passando da obscuridade do sussuro
ao rasgão.
Maria Teresa Horta
4 Comments:
Há espaços que não se definem nem se limitam, sentem-se... é o tempo quem os faz ser tudo ou nada...
Beijos
Acho que foi desta que me inspiraste um post. ;)
Xi.
escuto.
devagar.
devagarmente.
beijo.
o que é o conhecimento?
visão directa do corpo e da atitude?
prolongado caminho nem que condutor à saturação encapotada?
Vivência superficial feita de fait-divers e não de curiosa partilha sem hora nem condicionalismos marcados?
Será assim tão impossível iniciar o conhecimento na distância? julgo que não e defendo tal desiderato.
ASSIM AQUI DEPOSITO A MINHA HOMEGAEM AOS BLOGGERS, ESSES ALADOS TRANSMISSORES DE LAÇOS DE PARTILHA!
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