Tuesday, November 27, 2007

A Esmeralda



"um dia houve que nunca mais avistei cidades crepusculares e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta inclino-me de novo para o pano deste século recomeço a bordar ou a dormir tanto faz sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade "

Al berto



Puta que os pariu aos homens, à justiça dos homens e ao poder de um magistrado que, sem atender aos pareceres psiquiátricos, sem atender à idade da criança, sem atender aos afectos, sem atender à Criança, concede o poder paternal a um pai biológico que a dita criança mal conhece, não quer conhecer, e com quem muito menos deverá viver.
Sem discutir aqui, o lado objectivo da lei, da sua aplicação e implicações que advêm da situação cinzenta em que a dita criança viveu durante estes anos, nomeadamente a forma como os pais afectivos ficaram com ela, bem como a forma que relativamente a ela não regularizaram a respectiva situação legal, ainda assim, puta que os pariu a quem decide de forma tão cruel, tão fria, tão bárbara esta atribuição do poder paternal. ....“Superior Interesse da criança”....

Convenção Sobre os Direitos da Criança - Ratificado por Portugal no ano de 1990

Pilares Fundamentais, entre outros:

- o interesse superior da criança - consideração prioritária em todas as acções e decisões quelhe digam respeito.
-a opinião da criança - a voz das crianças deve ser ouvida e tida em conta em todos os assuntosque se relacionem com os seus direitos.

3 Comments:

Blogger lampâda mervelha said...

Supostamente...

Eis "apenas" uma entre tantas infelicidades do poder humano.

Um pai que se desassocie da sua condição e responsabilidade, mesmo que biológico, que direito terá perante outro que faz o seu papel, de um dia se lembrar e querer a criança para si?

Seja que razão for, a ligação biológica não será o principal motivo para uma decisão destas. Eu penso assim.

5:41 AM  
Blogger A said...

Mais uma das razões pelas quais a afirmação de que a justiça é cega, é válida. Ou inválida. É algo perniciosa, esta questão... a Justiça salvaguarda os direitos dos pais biológicos. Imagina que por alguma razão te roubam o teu filho?... pois, o que não foi o caso, bem sabemos, mas também sabemos que os pais adoptivos não fizeram as coisas conforme deveriam ter feito.

Contudo, concordo contigo nesse grande ponto que são os direitos da criança e tudo o que também deve ser salvaguardado, não por uma questão de Justiça, tão somente, mas pelo principal:o desenvolvimento de um ser humano que nunca pediu para sofrer desta forma.

Beijinhos, PJ, gostei de te ver por lá (tenho de actualizar a minha lista de links de Blogs)

6:55 AM  
Anonymous Anonymous said...

Querida A, eu nem sequer quis abordar a questão juridica. Como disse, eles "detiveram" a criança de uma forma cinzenta, a qual, salvo melhor opinião, e tendo em conta que não se tratava de pessoas sem formação, me cria alguma suspeição. Sem prejuizo, contudo, deverá ser ponderado aqui o lapso de tempo entretanto decorrido e o já referido interesse da menor. Desta forma a pena, se à aplicação da mesma houvesse lugar, será aplicada à referida criança.
pj

8:13 AM  

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