Monday, January 16, 2006

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Apenas com a maternidade me foi possivel conhecer a outra dimensão dos afectos. Nenhum amor, de pai, de mãe ou de homem, se assemelha a este.
Incondicional, absoluto, irreversível, endógeno, puro, gratuito.
Este amor tem todas as cores, todos os fluídos, todos os aromas, todos os tactos.
este amor que surge de manhã, de tarde, de noite. Que não esmorece, que não se dilui, que não se compara...
Este amor que me relembra todos os dias os pontapés que surgiam na barriga, o alivio da expulsão, o primeiro vislumbre da tua face, o primeiro tacto...de ti sobre a minha barriga.
Tenho saudades tuas, meu filho menino, saudades de te ver a brincar como ontem te vi. Radioso, brilhante...feliz.
Não tens gostado de ir para a escola. Refugias-te num canto e não participas, como que fazendo um motim, uma rebelião. Como que dizendo um não silencioso.
Fico sem saber se é apenas vontade de estar connosco, teus pais, a brincar o dia todo, rodeado de atenções. fico sem saber se é apenas mimo e vontade de te sentires acarinhado o dia inteiro.
Fico sem saber se será apenas isso, ou se para além disso me queres dizer algo mais.
E é nesta duvida que o dia fica parado, que o dia não avança e que o pensamento fico preso a ti....apenas a ti.

Amo-te, meu filho lindo.

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