Há um mês e um dia o cosmos ficou parado. A minha vida contava-me mais uma história e tudo, leia-se mesmo tudo, deixou de ter o peso que tinha até então. Vieste Maria, abraçar a vida, beijar o mundo que doravante tinha a honra de te receber.
Ali ficámos, a cheirarmo-nos, a reconhecermo-nos, a amarmo-nos lentamente, sim porque isto da relação mãe filho não nasce com amor pré fabricado.
E sim, são noites mal dormidas, por vezes nada dormidas, e sim, a mama que é uma chatice, um sacrifício, mas também um momento nosso, um poupar de biberões e esterilizações, uma opção que além de saudável é natural e estupidamente mais pratica. E sim, acho engraçado esse movimento anti mama que tem vindo a aparecer na net, o movimento que se pauta por uma necessidade de libertação feminina que não entendo. E não entendo, porque a partir do momento que escolhemos ser pais deixamos de ter liberdade, porque a partir do momento que engordamos e emprenhamos e parimos sabemos , ou devemos saber de todos os condicionalismos, todas a malditas dores, todo o sangue que nos esvai as entranhas e nos deixa de rastos. E sim, devemos saber que estaremos sempre em noites de vigília, tenham eles meses ou anos, a vida jamais terá a leveza da também maravilhosa idade pré maternal ou pré parental. E sim, porque as
mamas, como as das cadelas, servem para amamentar...natural. tão natural.
Faz-me confusão. esse suposto grito de liberdade ter como resolução o desmame ou o não dar de mamar. Sim, é uma escolha, sem duvida, mas passa também por uma obrigação, uma obrigação inata, tão inata porque decorrente dessa outra escolha, a de ter um filho, com todas as reservas que tal acarreta.
E há um mês e um dia, Maria, venho a amamentar-te, engordar-te, preparar-te para a vida da única forma que neste momento nos é possível.
Ali ficámos, a cheirarmo-nos, a reconhecermo-nos, a amarmo-nos lentamente, sim porque isto da relação mãe filho não nasce com amor pré fabricado.
E sim, são noites mal dormidas, por vezes nada dormidas, e sim, a mama que é uma chatice, um sacrifício, mas também um momento nosso, um poupar de biberões e esterilizações, uma opção que além de saudável é natural e estupidamente mais pratica. E sim, acho engraçado esse movimento anti mama que tem vindo a aparecer na net, o movimento que se pauta por uma necessidade de libertação feminina que não entendo. E não entendo, porque a partir do momento que escolhemos ser pais deixamos de ter liberdade, porque a partir do momento que engordamos e emprenhamos e parimos sabemos , ou devemos saber de todos os condicionalismos, todas a malditas dores, todo o sangue que nos esvai as entranhas e nos deixa de rastos. E sim, devemos saber que estaremos sempre em noites de vigília, tenham eles meses ou anos, a vida jamais terá a leveza da também maravilhosa idade pré maternal ou pré parental. E sim, porque as
mamas, como as das cadelas, servem para amamentar...natural. tão natural.
Faz-me confusão. esse suposto grito de liberdade ter como resolução o desmame ou o não dar de mamar. Sim, é uma escolha, sem duvida, mas passa também por uma obrigação, uma obrigação inata, tão inata porque decorrente dessa outra escolha, a de ter um filho, com todas as reservas que tal acarreta.
E há um mês e um dia, Maria, venho a amamentar-te, engordar-te, preparar-te para a vida da única forma que neste momento nos é possível.
Maria, escolhi o teu nome por ser o nome mais “limpo”, mais simples. Quis dar-te este nome, Maria, porque o acho grandioso, seguro, afectuoso.
E fez ontem um mês, Maria, vieste ao Mundo realizando mais um sonho meu, mas sobretudo, realizando os teus sonhos que ali começaram.
Que a vida e o mundo te mereçam, minha filha Maria e que saibas sempre ser tão nobre e justa quanto aqueles que admiro. Que saibas o que é ser honesta e divertida, meiga e pragmática. Que saibas amar e ser amada, que te entregues aos teus ensejos. Que lutes. Que vibres. Que sobretudo saibas e tentes, tentes sempre, ser feliz.
Ainda que por breves momentos, Maria, a vida é um cenário maravilhoso. Como aquele milésimo de segundo em que te vi pela primeira vez.
Passado um mês Maria, agora que percebo que a vida continua lá fora, e que o universo afinal não parou de vibrar, deixa-me que te confesse que te amo.
assim gosto. benvinda Maria!
ReplyDeleteQue bonita declaração de amor, PJ... Fiquei sem ar, pois se alguma vez li uma melhor definição do que pode ser o amor incondicional, ela fica muito pálida perante as tuas grandiosas palavras...
ReplyDeleteA Maria ainda não sabe (pelo menos, não completamente), mas tem uma mulher de M grande como mãe...
Beijos.
Saio emocionado pela limpidez do que declaras.
ReplyDeleteFica bem,
Miguel
Não vinha aqui há muuuuito tempo e qual não é o meu espanto por verificar que a tua menina Maria nasceu no mesmo dia que o meu pai José :)
ReplyDeleteLinda linda declaração de amor.
Possam os nossos filhos ler o que escrevemos quando ainda eram um projecto de vida ou colocavam-nos as lágrimas nos olhos de tanta felicidade ao vê-los crescer.
Não sou mãe mas sou filha e sei que se algum dia a minha mãe me tivesse escrito algo assim, o meu coração pararia.
É bom constatar que alguns Blogs estão "alive and kicking"!!!
Beijos e muitas felicidades